Hoje, gostaria de deixar aqui algumas dicas que poderão ser úteis aos pais que têm um filho com tendências agressivas e que poderá estar (ou vir a estar) envolvido em situações de “bullying”.
Antes de mais, convém não entrar em negação. “O meu filho nunca faria isso!” é uma frase típica, mas não necessariamente tradutora da realidade... Em primeiro lugar, aceite essa possibilidade.
Ao conversar sobre uma situação específica, dê a oportunidade à criança de se expressar, mas, caso esta comece a desviar o assunto para aquilo que o outro lhe fez, fugindo à responsabilidade dos seus atos, mostre-lhe que, naquele momento, se quer focar naquilo que ela própria fez. A criança vai ser um veículo de informação importante e irá ajudar o adulto a compreender o que aconteceu e o que poderá ter causado mal-estar ao colega.
Deve resistir à tentação de encontrar um culpado...
A criança (ou o jovem) deverá entender que não é aceitável tratar mal alguém de um modo propositado, mesmo quando a vítima aparenta ter uma “sensibilidade extrema” ou “reage de forma exagerada”. O que magoa algumas pessoas não magoa outras. Tudo depende do temperamento de cada um e do ambiente familiar em que se vive, pelo que é essencial que o seu filho aprenda a estar atento, para evitar comportamentos que possam ferir alguém.
Enquanto conversam, é importante trabalhar a empatia. Frases do género “Quando fizeste isso, qual foi a reação da outra criança?" ou “O que é que ela sentiu?” ou “O que é que ela terá sentido?” podem ajudar o seu filho a compreender que “o seu alvo” é um ser humano que tem sentimentos, emoções, e que merece ser respeitado.
Encoraje-o a pensar de que forma pode pedir desculpa e planifiquem essa ação. Pode enviar uma mensagem, escrever uma carta, telefonar, falar pessoalmente... O importante é que a criança faça algo que mostre o seu arrependimento e que compreenda que aquilo que fez magoou o colega.
Outra coisa a fazer é estar atento ao ambiente que rodeia a criança. Que desenhos animados vê o seu filho? Que jogos costuma jogar? De que forma costumam comunicar uns com os outros, lá em casa? São agressivos na forma de falar ou de se exprimir?
Muitas vezes, temos de nos colocar numa posição de observadores...
O que vê e ouve o meu filho no dia a dia?
Caso verifique que o nível de agressividade é elevado, há que fazer um esforço para que possa diminuir.
Por último, reforço a importância da ligação afetiva que deve manter no dia a dia com o seu filho. Converse com ele. Dê-lhe atenção. Evite alimentar o drama. Seja um bom exemplo!
E despeço-me com a esperança de que cada um de nós possa ajudar a prevenir situações de abuso e/ou intimidação.
Com um abraço,
Manuela Mota Ribeiro
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