Sou gozado porque só tenho um Kispo
Quando ainda era novinha, aprendi imenso com o exemplo de um jovem que só tinha um Kispo e que, ao contrário do que eu imaginava, não se sentia mal quando os colegas, a rir, se focavam no facto de ele usar todos os dias o mesmo Kispo.
Assim, inspirada neste jovem, escrevi o pequeno trecho que se segue, pois considero que nunca é demais falarmos sobre este tema. E, quando tiver um tempinho, conte esta história aos seus filhos. Não se esqueça que um jovem que se sente bem integrado na família (ouvido, compreendido e, sobretudo, AMADO) está muito mais bem preparado para lidar com as dificuldades da vida do que aquele que se sente sozinho, esquecido, não integrado ou mal-amado.
Espero que goste!
Com um abraço amigo,
Manuela Mota Ribeiro
O rapaz do Kispo verde
Sou gozado porque só tenho um Kispo. Chamam-me “o rapaz do Kispo verde”.
É verdade…
Poderão perguntar: “Como reages a esta situação?”
Bom… tenho duas soluções:
Ou me sinto mal, humilhado por só ter um Kispo, humilhado por ser gozado, triste pelo facto de isto estar a acontecer, revoltado contra a minha situação familiar que não me permite ter mais casacos…
ou
opto por me sentir contente por ter um Kispo verde que me agasalha, que me protege do vento, do frio e da chuva; que me acompanha para todo o lado e que resiste a todas as intempéries! Contente, pois é um excelente Kispo! Contente, pois sei que há jovens que nem um casaco têm…
A verdade é que sou um felizardo. Não só por ter este Kispo, mas porque tenho uma família fantástica.
Eles, os que me gozam, é que não sabem que sou um sortudo. E é esta certeza, que tenho dentro de mim, que me faz sorrir quando me chamam “o rapaz do Kispo verde”.
Com muito orgulho!