Nos últimos tempos, tenho vindo a refletir sobre um tema que me interessa em particular: a felicidade.
Se nos perguntassem agora o que mais desejamos na vida, o que diríamos?… Saúde? Dinheiro? Uma casa maior? Um carro? Paz interior? Felicidade?...
Da mesma forma, se perguntassem a uma mãe ou a um pai o que mais desejam para os seus filhos, o que é que estes responderiam? Muitos diriam que desejam que os seus filhos sejam felizes (e que tenham uma boa saúde, claro). Mas, apesar desta intenção, os pais nem sempre estão alinhados com aquilo que os seus filhos gostam verdadeiramente de fazer. Nem sempre lhes perguntam em que atividades gostariam de se inscrever, quais os jogos que mais gostam de jogar, quais as tarefas que lhes dão mais gozo, qual o curso que gostariam de frequentar…
Para muitos pais, os seus filhos só serão felizes se tirarem boas notas, entrarem num “bom curso”, arranjarem um “bom emprego” e ganharem um “bom ordenado”!
Isto de “ser feliz” tem muito que se lhe diga…
Enquanto fisiatra, conheci pessoas incríveis que, apesar de apresentarem doenças crónicas ou deficiências que lhes causavam limitações importantes, se revelavam felizes e gratas. Digamos que tinham “a sorte” de saber apreciar “as pequenas coisas” que a vida lhes proporcionava, mesmo não tendo “as condições ideais” para alcançar a felicidade! Para muitos, esta está apenas associada ao dinheiro, e aos inúmeros bens materiais e vivências que este nos pode oferecer… Mas, curiosamente, vários estudos têm revelado que, ao contrário do que a maioria pensa, assim que conseguimos ter o dinheiro suficiente para adquirir as coisas que consideramos “necessárias”, um aumento de rendimento não resulta numa vida significativamente mais feliz!
Porque será?
Uma das razões é que nos habituamos rapidamente àquilo que temos!
Por isso, gostaria de deixar aqui este alerta… Não fique à espera do dia em que vai ter isto ou aquilo… Não fique à espera do dia em que vai alcançar aquela meta ou ganhar aquele valor… E, muito importante, não fique à espera que o seu filho consiga tirar ”aquela nota”, ganhar "aquela competição", destacar-se como aluno do quadro de excelência ou entrar no curso que sempre sonhou para ele…
Comece hoje a dar valor àquilo que tem!
Segundo alguns estudos, a felicidade aumenta a capacidade de amar, melhora a capacidade de resolver conflitos, fortalece o sistema imunitário e torna as pessoas mais altruístas e sociáveis! Daí que possamos concluir que vale a pena querer ser feliz e ajudar os nossos filhos a serem felizes!
Termino com uma sugestão: a realização de um exercício poderoso, aconselhado por vários mestres. Mas terá de ir buscar um papel e uma caneta! Sim, uma caneta e um papel!
AGORA, sugiro que escreva cinco coisas que aconteceram nas últimas semanas (ou nos últimos anos) e pelas quais sente gratidão!
Vale a pena começar a dar valor àquilo que somos e àquilo que temos neste momento...
Com um abraço terno,
Manuela Mota Ribeiro
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