Repete vezes sem conta as mesmas coisas?

Já sentiu alguma vez que, por mais que repita determinadas coisas, estas não parecem causar o efeito que deseja nos outros?

E que, por mais que tente explicar as suas preocupações ou as suas razões – tão claras e óbvias –, as pessoas em questão não parecem valorizar aquilo que está a dizer?

Se anda a bater na mesma tecla há semanas, meses ou mesmo anos, a dizer as mesmas coisas, a repetir as mesmas frases vezes sem conta... de tal maneira que já sente o cansaço de tanto insistir e de tentar persuadir os outros... Se até já começa a ter vontade de desistir, pois não consegue influenciar os que estão à sua volta a ponto de eles começarem a fazer aquilo que considera ser correto ou o melhor para eles, então, alguma coisa não está a funcionar!

- Ou não está a conseguir passar a mensagem, eventualmente porque não tem usado a estratégia mais eficaz…

- Ou está a ser demasiadamente insistente…

- Ou, então, a pessoa a quem se está a dirigir não considera que tenha assim tanta razão!...

Pense numa situação do seu dia a dia em que isso aconteça. O que tem observado nos outros? Há sinais de cansaço? Desviam ou reviram o olhar quando começa a falar? Fazem trejeitos? Parecem indiferentes?...

Se sim, o que fazer?

A minha sugestão é:

- observe e aceite o que está a acontecer;

- reconheça essa sensação de “impotência”; chore um bocadinho, se necessário!...

- tente compreender o que tem vindo a acontecer, sem culpar ninguém (sem culpar os outros, nem as circunstâncias, nem a si próprio).

Muitas vezes, funciona bem pedir opiniões sinceras a pessoas que nós respeitamos. E embora essas opiniões nos possam causar desconforto, são em certa medida importantes, pois refletem a perceção que elas têm de nós.

Só depois de termos compreendido o que está a acontecer é que podemos concluir alguma coisa e decidir o que fazer. Por vezes, basta mudar a forma como comunicamos com os outros.

Se há coisa que eu aprendi foi: nós não conseguimos influenciar as outras pessoas à força.

É com o nosso exemplo, a nossa “abertura”, a capacidade de ouvir e de compreender os que nos rodeiam, de os fazer questionar e refletir sobre aquilo que consideramos importante... que vamos conseguindo chegar aonde queremos. Sempre com amizade e/ou amor incondicional e partilha dos nossos sentimentos mais profundos, para que os outros também nos possam compreender. Excluindo qualquer tipo de cobrança ou de chantagem emocional. Centrando-nos naquilo que estamos a sentir (e que é da nossa responsabilidade) e nas mudanças que podemos fazer e não tanto “naquilo que O OUTRO está A FAZER-NOS SENTIR” (pois assim estamos a atirar-lhe as culpas) e nas mudanças que queremos que ELE faça.

Vale a pena pensar sobre isto! 

Vale a pena investir no autoconhecimento e no desenvolvimento pessoal.

Boa sorte!

Manuela Mota Ribeiro

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