Será que o meu filho tem tendências agressivas?...

Se suspeita que o seu filho anda a incomodar ou a atormentar alguma criança na escola ou noutro lugar, é importante "pô-lo a falar" sobre esse assunto. Mas, para tal, ele precisa de sentir que pode partilhar consigo aquilo que fez - ou tem vindo a fazer - sem receio da sua reação ou das consequências...

Isto é, o mais importante é conseguir estabelecer um diálogo, de modo que, depois, possa orientá-lo no sentido da mudança de comportamento.

Assim, deixo aqui algumas dicas daquilo que NÃO deve fazer, no momento em que estiverem a conversar:

- Adotar uma postura não verbal que revele que está aborrecido, desiludido ou zangado. Deve, para tal, evitar cruzar os braços, revirar ou desviar os olhos quando ouve o que não lhe agrada, abanar a cabeça em modo de desaprovação, enrugar a testa ou franzir o sobrolho, levar as mãos à cabeça, bater com o pé ou andar de um lado para o outro...

- Começar logo a criticar a criança e o seu comportamento...

Para o seu filho se abrir (de maneira a ficar a par de tudo o que lhe acontece, pois, nesta altura, o seu objetivo principal não é castigá-lo, mas sim acabar com os maus comportamentos), ele terá de se sentir confortável ao seu lado.

Adulto e criança devem estar sentados ao mesmo nível, e o adulto poderá inclinar-se para a frente em sinal de atenção.

O contacto visual deve manter-se, e há sinais que o vão incentivar a manter o discurso, como, por exemplo: uma expressão calma ou um aceno com a cabeça...

Gostaria de salientar que pode ser muito difícil para si ouvir, da boca do seu filho, algo que o faça concluir que ele tem vindo a adotar comportamentos agressivos.

Leve o assunto a sério, não o desvalorize, não o negue e comece a planificar o modo como irá dar a volta à situação. Transmita-lhe que foi muito importante terem conversado, pois agora vai pensar no assunto e ajudá-lo, no sentido de que situações como aquelas não se repitam. 

Na próxima publicação, darei mais algumas sugestões que poderão ser úteis nestes casos.

Fique bem e até breve!

Manuela Mota Ribeiro